Pisco y Ceviche: Valle del Colca

O último post dessa viagem incrível vai ser sobre um destino que a maioria das pessoas não coloca assim, de primeira, em um roteiro “básico” pelo Peru. Mas, como nós tínhamos um pouco mais de tempo, definitivamente nos atraiu.

O Vale do Colca é um cânion duas vezes maior do que o Grand Canyon dos EUA, e fica num vale lindíssimo a 160km de Arequipa. Escolhemos fazer o passeio com pernoite em uma das pequenas vilas do vale, Chivay, para poder aproveitar logo cedo a observação dos condores!

Nosso tour mais uma vez foi uma excursão em grupo organizada pela RESPONS, e saiu do nosso hotel em Arequipa às 8h. A primeira parada, a 3.900 metros de altitude, foi um campo aberto onde ficavam dezenas de alpacas/lhamas e o pessoal podia interagir (de leve, né, óbvio) e tirar fotos com elas. Nunca achei que fosse ficar perto de uma alpaca assim!!!

O caminho até o Vale é uma subida – e bota subida nessa – e, na parte mais alta, chegamos a experimentar a sensação de estar a 4.900 metros do nível do mar!!! Muito doido como o ar é rarefeito e respirar fica difícil, mas com ajuda das balinhas e folhas de coca nós éramos só alegria vendo os vulcões lá de cima. Inexplicável a paisagem rochosa daquele lugar, nenhuma foto ou vídeo consegue transmitir exatamente a magnitude daquilo tudo.

Paramos já em Chivay, a principal vila comercial do Vale e também onde nós passaríamos a noite. Almoçamos em um buffet de comidas típicas, demos uma volta pela (minúscula) cidade e nosso guia nos deixou na porta da nossa pousadinha, a Rumi Wasi. Organizadinho, mas não nos surpreendeu, mas também, o que esperar de um mini hostel em uma vila de 5 mil habitantes??

Uma das atrações sugeridas pela agência de viagem eram as piscinas termais de Chivay. Pagando S/.15 cada um, nós relaxamos em uma água que chega a 40°C que fica dentro de um cânion no qual a temperatura pode bater os ZERO GRAUS de noite. SURREAL!

De noite, não tinha mesmo nada para fazer em Chivay a não ser ir até a Plaza de Armas (sim, mais uma! Colonização bélica espanhola diz OI) e jantar a pior pizza que já comemos na nossa vida. Escolhemos o restaurante pois precisávamos de wi-fi e a placa dizia que era gratuita… no fim das contas o wi-fi deles estava com defeito e a comida era horrível. Vivendo e aprendendo!!

O dia seguinte começou cedo: às 6h30, a van nos buscou no Rumi Wasi e seguimos para o mirante Cruz del Condor para, com sorte, ver o vôo das maiores aves do mundo nas primeiras horas da manhã. E sorte tivemos!! Primeiro que o cânion é maravilhosamente fundo, e segundo que ver aqueles bichos dando rasante no amontoado de turistas era impagável (me incluo nessa).

No caminho de volta paramos em mais alguns pontos estratégicos para ver o Vale do Colca lá de cima, e então voltamos para Arequipa com uma sensação de satisfação imensurável.

Para ver mais posts da nossa viagem #PiscoyCeviche ao Peru:

Pisco y Ceviche: CHEGAMOS!

Pisco y Ceviche: City Tour em Cusco

Pisco y Ceviche: Valle Sagrado

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Pisco y Ceviche: Arequipa

Pisco y Ceviche: Arequipa

Nosso trajeto até Arequipa foi feito de ônibus. Pegamos uma promoção incrível da empresa Cruz del Sur e viajamos de leito de Cuzco a Arequipa por 30 soles! O ônibus saiu às 20h30 e chegou às 6h30, e, mesmo que uma viagem de 10h sempre seja um pouco incômoda, foi a melhor viagem que já fiz. O ônibus Cruzero parecia um avião, com serviço de bordo super gostoso e assentos super confortáveis. Dormi quase a viagem toda.

Ao chegar, sabíamos que ainda não poderíamos entrar no nosso quarto na pousada Nueva España, mas eles nos permitiram guardar as malas em um aposento, recarregar as baterias (nossas e do celular) e sair para tomar café da manhã na cidade. Descemos a rua da própria pousada até nos encontrarmos na Plaza de Armas de Arequipa, que foi a mais bonita que vimos por lá. Ela é toda feita de sillar, uma pedra vulcânica toda branca, o que deixa tudo muito mais lindo.

Tomamos café em um restaurante – admitimos, super pega-turista – que ficava em cima de um dos mezaninos que rodeia a praça, e é onde ficam outros 9236487520 restaurantes turísticos também. Mas estava super gostoso e a vista também não era nada mal!

Depois, como ainda tínhamos tempo até nosso check-in, passeamos pela cidade e encontramos o Museo Santuarios Andinos de la Universidad Católica de Santa Maria. Este nome típico latino enorme é do lugar onde fica a múmia Juanita, corpo de uma menina inca que foi oferecida como sacrifício em uma cerimônia no vulcão Alpato e permaneceu conservada no gelo por 500 anos (!!!!) até ser encontrada em 1995. Não se pode fotografar dentro do museu, e seria meio difícil já que ele é todo projetado para manter a múmia preservada – bem escuro e gelado. Apesar de pequeno, o museu é bem bacana e a Juanita realmente assombra de tão bem conservada.

Depois de bater um pouco mais de perna pela cidade e encontrar o lado “trash” (um feirão bem bagunçado e popularzão), fizemos check-in na Pousada Nueva España e já caímos de amores por ela: muito organizada, toda lindinha e florida. Tomamos um banho, descansamos, e saímos para dar mais uma volta e jantar. Só o cenário da cidade, que é cercada por 3 vulcões – Chachani, El Místi e Pichu Pichu – já é lindo de se ver.

No dia jantamos em um dos restaurantes da Plaza novamente, pois haveria um jogo do Brasil e queríamos (Thi queria) ver hehe!

Aqui conto sobre nosso passeio pelo Valle do Colca, que fizemos durante nossa estadia em Arequipa.

Snaps:

 

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Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Pisco y Ceviche: Valle del Colca

Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Nosso dia livre em Cuzco foi o dia seguinte ao nosso passeio para Machu Picchu. Depois de uma maratona que começou cedo no Valle Sagrado, teve poucas horas de sono, continuou a partir das 4h30 da madrugada no outro dia e só acabou de noite, foi beeeeeem conveniente dormir até um pouquinho mais tarde. Tiramos o dia para passear sem compromissos, então fomos dar um rolê por Cuzco.

Passamos novamente na feirinha que tinha próximo ao hostel e aproveitamos para fazer as compras que faltavam: lenços coloridíssimos, jaquetas, pratinhos, ímãs de geladeira, toda aquela parafernalha necessária! Voltamos ao hostel para guardar todas as sacolas no nosso quarto, dar um refresh e partimos novamente para passear.

O único destino que queríamos fazer com certeza naquele dia livre era visitar o Museo del Pisco. Eu já não sou muito dos drinks, mas quando em Roma no Peru… O lugar era incrível, a parede contava em imagens super legais toda uma história sobre a bebida, e, ao decidir fazer a degustação de Piscos, o garçom que nos servia ia contando ainda mais, explicando tudo tim-tim por tim-tim por tim-tim (neste caso cada “tim” é um brinde com cada tipo de Pisco que provamos… já viu né?), muito simpático.

Saímos de lá e fomos a pé comer em uma trattoria (tem muitas em Cuzco) que ficava bem na frente da Plaza de Armas, e ali dá-lhe vinho! A comida era super gostosa! Como era bem perto do hostel, voltamos a pé também pra lá. Curiosidade: naquela época o Pokemon Go! era febre no Brasil, mas no Peru era uma praga dizimadora de populações! Passávamos por muitos e muitos grupos de jovens todos amontoados em vários pontos da praça só olhando pro celular sem levantar a cabeça. Bizarro haha!

Chegando ao Pariwana Hostel, vimos que estava rolando uma festinha no bar/restaurante/onde tomávamos café da manhã (inclusive tocava Wesley Safadão na hora), e resolvemos ficar um pouco antes de ir dormir. Havia vários jogos também e o pessoal estava super animado! Bebemos uma cerveja cada e depois disso já partimos pro quarto pois estávamos exaustos. O Thi deitou de roupa, sapato e tudo na cama e capotou, eu tomei banho, me troquei, dobrei minhas coisas em cima da cadeira do quarto e fui dormir.

E foi aí que o perrengue rolou.

Na manhã seguinte, enrolamos um pouco antes de descer para o café: era nosso último meio-dia em Cuzco, pois à noite pegaríamos um ônibus de leito até Arequipa. Enquanto nos arrumávamos, íamos já guardando tudo nas malas para deixar tudo pronto para o nosso check-out dali a algumas horas. Foi quando eu percebi que tinha uma coisa faltando: o conteúdo do meu porta-dólares.

O porta-dólares estava em cima das minhas roupas do dia anterior, mas vazio. O desespero foi real, a ponto de revirarmos até o colchão procurando o meu dinheiro extra – TODO o meu dinheiro extra. Meu esquema era: eu carregava o meu dinheiro no porta-dólares dentro da roupa; antes de sair, de manhã, separava algumas notas para deixar na carteira, na mochila, e usar durante o dia, mas não mexia nele sem ser no quarto do hotel ou em algum lugar fechado, por segurança. Então, além do dinheiro que eu tinha na carteira, agora eu não tinha nada. Na nossa busca desenfreada pelo quarto não demos falta de mais nada – nem documentos, nem das várias sacolas de compras que tínhamos trazido no dia anterior. Nosso quarto era privado, como já contei no primeiro post sobre o Peru que fiz, mas a porta estava destrancada e a chave não estava mais lá.

O resto do dia, infelizmente, passamos tentando resolver com o hostel, olhando algumas (poucas que tinham, e outras que não conseguimos ver) imagens das câmeras de segurança e esperando alguma luz cair do céu sobre o que poderia ter acontecido. Nem preciso dizer que não deu pra pensar em muita coisa né? Ficamos chateadíssimos por fechar com chave de latão a estadia em um hostel, até então, tão bacana, mas eles realmente não foram solícitos no nosso problema. Nos mandaram dar uma volta pela cidade enquanto eles tentavam resolver (no que fomos, tomamos um sorvete incrível em uma sorveteria chamada Qucharitas, mas só), e no fim acabaram nos concedendo uma diária “de graça” pelo inconveniente, mas só, sem explicar o que tinham ou não descoberto.

A nossa sorte foi que a) o Thi dormiu com o porta-dólares dele ainda no corpo, e b) combinamos a viagem de forma que tudo o que precisaria ser pago com antecedência – passagens, passeios, guias – ficaria sob minha responsabilidade, e o que precisássemos pagar lá – estadias em hotel, ingressos extras – o Thi ficaria encarregado de levar dinheiro e pagar lá. Então, fora gastos com comidas e outras coisas do dia-a-dia, não ficamos desamparados.

Passamos o fim do dia sentados no pátio do hostel aguardando a hora de ir para a rodoviária, mas, eu, principalmente, ainda estava muito abalada. Conversei bastante com a minha família no dia e eventualmente decidi que aquilo não poderia estragar o resto da viagem – e definitivamente não estragou! Mas fica o alerta e também nossa avaliação do Hostel Pariwana, em Cusco.

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

O dia mais esperado da viagem chegou. Quando decidimos ir ao Peru, sabíamos que seria o ponto alto da nossa viagem. Só não entendíamos ainda o quanto!

Depois de chegar de trem a Águas Calientes, também conhecida como Machu Picchu Pueblo, um guia da RESPONSible nos esperava na estação para nos levar até a pousada que escolhemos: Adela’s Hostel. Duas considerações: primeira, ficamos surpresos com o guia, pois nem sabíamos que íamos ser recepcionados pela agência lá! Já era bem tarde e em Águas Calientes todo o comércio fica em uma única rua, ladeada pelos trilhos do trem de um lado e pelo rio Urubamba. Mas foi mais um ponto positivo e mais um reforço de que acertamos na escolha da agência.

Segunda consideração: estávamos com o toque de Midas, porque também acertamos muito na escolha da pousada! O Adela’s Hostel era bem próximo da estação, alguns minutinhos andando, e ao chegar lá vimos que a recepcionista estava apenas nos aguardando pra fechar a pousada. Um amor!! Ela fez nosso check-in, aguardou a gente conversar rapidamente com o guia para combinarmos onde íamos nos encontrar no dia seguinte, nos avisou que levaria dali a pouco o nosso café da manhã todo embaladinho (já que sairíamos antes pra pegar o ônibus para Machu Picchu), nos levou até o nosso quarto (janela de frente para o rio, vocês não tem noção da calma que o barulho da água traz) e depois levou nossa comidinha como combinado.

Dentro de algumas horas, já estávamos de pé: às 4h30 deixamos o hostel em um frio disgramento para andar até o ponto dos ônibus. Estava escuro, ficamos quase 1h na fila que estava gigante, mas sabíamos que conseguiríamos chegar a tempo do nascer do sol porque saía um ônibus a cada 10 minutos! A subida até o parque de Machu Picchu leva em torno de 40 minutos, e, chegando lá, apresentamos nossos ingressos (comprados com antecedência pela RESPONS) e entramos. Tínhamos a dica do guia de subir até um mirante mais alto para poder ver o sol nascendo e iluminando a cidadela, então fomos fazer isso antes de encontrar com ele. (No fim das contas soubemos que fomos no mirante errado, e que o que ele tinha indicado – a casa do vigilante – era ainda mais alto!)

E, apesar de nublado, o nascer do sol foi a coisa mais maravilhosa desse mundo.

É indescritível a sensação de estar vendo toda aquela cidade inca lá embaixo sendo banhada de dourado. É claro que, à medida que conhecíamos Machu Picchu, ficava tudo ainda mais surreal, mas o primeiro “choque” já valeu por toda a viagem.

Nós encontramos o guia logo em seguida e começamos nosso tour pela cidadela. A inteligência inca é algo de outro mundo, e eu acho que eu jamais nessa vidinha vou entender como eles conseguiam construir tudo aquilo! O parque estava cheio de gente de todas as idades, de crianças a idosos, compartilhando espaço com as alpacas fofinhas e os paus-de-selfie. Os caminhos pelas montanhas eram íngremes, mas ninguém parecia se incomodar. Nem nós. O guia foi essencial, e eu nunca recomendaria ir a Machu Picchu sem um: ele nos contou toda a história misturando inglês ao seu melhor portunhol, tirou dúvidas, ouviu as piadas do Thi. Foram 2h30 de tour por 90 dólares muito bem investidos. O guia tirou uma foto conosco antes de se despedir e nos deixar por conta conhecendo o resto do parque sozinhos.

Optamos por fazer duas trilhas lá, já que não fizemos nem a famosa Trilha Inca por falta de tempo, nem a subida à montanha Huayna Picchu pois era mais difícil e nos tomaria quase o dia todo. Primeiro, fizemos a trilha da Porta do Sol (Intipunku), que demorou, demorou, demorou pra chegar (a expectativa é de 1h pra subir, mas fizemos como meta cobrir em 45 min hehe), mas valeu MUITO a pena. A Porta do Sol é o local de chegada de quem faz a Trilha Inca, e dizem que ela fica posicionada estrategicamente para direcionar a luz do sol para a cidadela. Ela fica suuuper alta, então a vista de lá é a coisa mais gratificante do mundo depois da caminhada! (E pensar que falamos com o segurança que fica lá em cima e ele faz esse trajeto todo dia!)

Depois disso, resolvemos fazer a trilha da Ponte Inca, que fica pro outro lado. Gente, que c*gaço dessa trilha hahaha. Uma hora o caminho era super estreito e o barranco ao nosso lado era tão gigante que acho que se caíssemos lá dentro nosso grito ficaria ecoando no canyon por anos. Mas foi justamente isso que deixou a aventura ainda mais legal. Ela não demora tanto nem é tão íngreme quanto a trilha da Porta do Sol, e você registra seu nome na entrada e na saída. (Procuramos algum nome que estivesse só com a entrada e não achamos… ainda bem.) Veja o trajeto na compilação dos snaps ao fim do post!

O incrível foi que o tempo ajudou muito: abriu um solzão enquanto curtíamos o dia lá, e mesmo quando fomos embora (acredito que ainda era umas 13h30 – aproveitamos muito por termos chegado bem cedo) ainda estava bem gostoso de andar por Águas Calientes e ir almoçar num restaurante na beira do rio.

Embarcamos no trem da Expedition das 16h43 que ia de Águas Calientes a Poroy (quase 4h de viagem) e fomos recebidos por um transfer da RESPONS na estação que nos levou de volta para o hostel em Cuzco. O dia terminou em pizza e em uma boooa soneca depois de tanta aventura!

Snaps:

Pisco y Ceviche: Valle Sagrado

Nesse dia, a gente engoliu nosso café em 15 minutos pra poder estar na porta do hostel no horário combinado. Este tour começava cedinho! Mais uma vez optamos pelo tour em grupo, e mais uma vez não foi um problema para nós – e, claro, foi mais econômico. Nosso guia também foi bom e mais uma vez carregamos conosco o Boleto Turístico para ir perfurando nos sítios de hoje – Pisaq e Ollantaytambo, que fazem parte do Valle Sagrado de los Incas.

No caminho para Pisaq, turistas que éramos, o ônibus parou na beira da estrada onde um senhorzinho peruano todo caracterizado e suas alpacas enfeitadinhas aguardavam para tirarmos uma foto, com uma vista bem bonita atrás. Claro que a gente tirou. ERAM ALPACAS ENFEITADINHAS.

E depois disso o ônibus seguiu até nossa primeira parada no Valle Sagrado: as ruínas de Pisaq. Ficamos pouco tempo por lá, mas nos deparamos com uma vista incrível do complexo de terrenos agrícolas, projetados naquele melhor estilo inca – tipo escadinha, sabe? -, do sítio arqueológico, com suas construções super características em pedra, e depois demos uma volta rápida pela colorida feirinha da cidade, que recebe os turistas com os souvenirs típicos que já conhecemos. Balancei minhas mãos cheias de pulseirinhas de Cuzco e disse “não, não vou cair nessa turistagem!”.

Seguimos caminho e paramos com o grupo para almoçar num restaurante chamado Tunupa, em Urubamba. Era um buffet enorme cheio de comidas típicas, e vou te contar, a vista não decepcionou também, não, hein! Tudo é TÃO LINDO lá, cheio de plantas e flores. Lá eu experimentei mais formas de comer a carne de alpaca (DESCULPA AMIGAS ENFEITADINHAS!!!).

De lá, de barriga cheia (sem maturidade pra comer em buffet típico), partimos para o sítio arqueológico de Ollantaytambo. (Nota: é incrível como, no início das minhas pesquisas para a viagem ao Peru, eu pensei “jamais vou saber falar esses nomes”, e hoje é normal falar deles com naturalidade!) E, minha gente, Ollantaytambo é um colírio de lugar.

As ruínas são imensas, mas incrivelmente preservadas como a maioria dos lugares antigos que fomos no Peru. Todas as construções mantém sua engenhosidade e precisão inca, e nós tivemos que subir cada um dos enormes degraus da fortaleza para poder absorver e apreciar a vista como ela merecia. Foram váários minutos de respiração ofegante pra subir tudo, mas valeu muito a pena. Lá em cima fica o Templo do Sol, e, de lá, você consegue ver os armazéns na montanha onde os incas estocavam seus alimentos antigamente (eles sabiam que a altura e o vento que lá batia transformariam o lugar em uma verdadeira geladeira. É mole?), bem como o povoado todo lá embaixo.

E sabe o que mais? Fizemos tudo isso com um sorriso na cara e com uma mochilona nas costas! Porque, dali, nós iríamos descer no ônibus na própria cidade de Ollantaytambo, tomar uns piscos, pegar o trem da Peru Rail para Águas Calientes para passar a noite lá e começar nossa aventura do dia seguinte bem cedinho: a subida para Machu Picchu.

Snaps:

 

Para ver mais posts da nossa viagem #PiscoyCeviche ao Peru:

Pisco y Ceviche: CHEGAMOS!

Pisco y Ceviche: City Tour em Cusco

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

Pisco y Ceviche: City Tour em Cusco

Pra ser sincera, eu realmente fui inocente a ponto de achar que a gente ia conseguir postar enquanto estivesse na viagem. Óbvio que não deu, né? Os poucos momentos que tínhamos para descansar, a gente literalmente se jogava na cama e não acordava até o dia seguinte. Isso aconteceu de verdade, e mais de uma vez, num nível de cansaço tão grande que até o jantar a gente chegou a pular! Shrek e Fiona ficariam desapontados.

Meu primeiro post foi um resumão mas acho que a passagem por Lima foi tão relâmpago que refletiu a euforia! Ainda estávamos verdes e cheios de energia, e só sucumbimos ao cansaço de um dia de viagem, que é um saco. Mas uma vez chegando em Cusco e nos acomodando propriamente dito no hostel, começamos a pegar o jeito.

Depois de pesquisar bastante antes de ir, optamos pela agência RESPONSible Travel Peru – peruana, com uma proposta de turismo sustentável e de colaboração com comunidades locais para oferecer o melhor e mais autêntico Peru aos viajantes. No site deles, você preenche um formulário de preferências e de perspectivas para a sua viagem e roteiro, e eles já te mandam um itinerário para ser adaptado como você quiser. Desde a pré-venda, foram super atenciosos comigo (acho que troquei uns 35 e-mails com a Johanna, do time de Vendas, modificando, aumentando e diminuindo nosso itinerário até ele ficar perfeito), criaram um grupo no WhatsApp para nos comunicarmos lá, tiraram todas as nossas dúvidas antes e durante a viagem, e todos os bilhetes/ingressos/passagens que compramos com eles funcionaram perfeitamente nos passeios.

No mesmo dia em que chegamos em Cusco, uma representante da agência foi até o hostel Pariwana pontualmente no horário que combinamos, sentou conosco e explicou tudo o que tínhamos contratado na cidade – City Tour, Valle Sagrado, Machu Picchu e as passagens de ônibus pra Arequipa – e nos entregou uma pastinha com os vouchers organizados. E ela ainda foi conosco até uma casa de câmbio e depois até o local onde se compra o famoso Boleto Turístico (tipo o City Pass de Nova York, para diversas atrações turísticas de Cusco, indispensável para passear lá – muitos locais não tem bilheteria, só aceitam o Boleto Turístico, e vão marcando os que você visita). Achei simpaticíssimo fazerem isso, sem que nós precisássemos ir até a agência deles logo no primeiro dia, em que não conhecíamos nada e ainda estávamos nos adaptando à altitude!

No dia seguinte ao da nossa chegada em Cusco, tínhamos um City Tour programado com eles. Optamos pela versão em grupo mais pelo valor, então ainda estávamos um pouquinho incertos de como seria, mas não tivemos nenhum problema com a “excursão”! Ah, o guia é absolutamente necessário no Peru, pela imensa carga histórica do lugar – a não ser que você seja nerdão tipo o Nicolas Cage em A Lenda do Tesouro Perdido ou goste de andar carregando um livro de História.

Restaurante/bar do hostel, onde tomávamos café da manhã

O City Tour saía à tarde, então de manhã passeamos pelos arredores do hostel e encontramos umas feirinhas incríveis de artesanato. Eu aprendi que sou ótima em pechinchar – e só fui melhorando ao longo do tempo modéstia à parte – e finalmente compramos os suéteres de lã de alpaca mais quentinhos do mundo, os famosos gorrinhos de orelhinha, e ficamos um pouco loucos enchendo o braço de pulseirinhas do Peru. Não me arrependo de nada, e acho que o Thi também não, né amor? hehe

Iniciamos o passeio pela Catedral de Cusco, que fica na Plaza de Armas. Esta entrada é cobrada à parte, e custa S/.25 (o câmbio entre novos soles e reais era praticamente 1-1). Lá, recebemos um fone de ouvido cada (bem como os outros membros do grupo – ?!) e nos sentamos nos bancos. Havia bazilhões de outras excursões ali naquela hora e aí entendemos que, se cada guia fosse contar a história do lugar ao mesmo tempo, ia parecer um mercado de ações ali dentro. E acho que catedrais não foram feitas exatamente pra se berrar dentro delas e tal.

Gente, que lugar lindo. Eu não sou a maior fã de turismo religioso, então acho que precisamos escolher nossas batalhas com sabedoria quando se trata de visitar igrejas nas viagens. E acreditem em mim – visitar a Catedral de Cusco (ou Catedral Basílica de la Virgen de la Asunción – bem nome latino, enorme) está na mesma lista de visitar lugares como a Abadia de Westminster, a Catedral de Notre-Dame, a Basílica de Sacré Coeur, a Sagrada Família, etc… Foi demais ver a representação e influência da cultura inca nas pinturas, a riqueza do ouro e da prata (que nada têm de ostentação – tudo para homenagear o sol e a lua). Cês tem noção que eles representavam a Santa Ceia com um cuy como prato principal? (Cuy é o porquinho da índia… mas não vamos falar dele ainda…)

Depois fomos à pé até Qorikancha – o Templo do Sol, a mais importante obra arquitetônica inca dentro de Cusco. (Aliás, que ideiazinha boa essa do fone de ouvido; íamos em fila indiana pelas ruazinhas estreitas da cidade, o guia na frente, e ele ia contando ainda mais História no caminho sem precisar ficar virando pra trás.) A entrada também é separada e custa S/.15. Lá tivemos a primeira de muitas aulas sobre a genialidade da arquitetura dos incas, com suas paredes inclinadas pra dentro, seus portais trapezoidais, suas janelas viradas pro Sol, suas cavidades “absorventes” de energia sísmica… lá em Qorikancha também existem outros templos além do dedicado ao Sol: à Lua, à Terra (chamam de Pachamama, uma deusa como se fosse a nossa “mãe-natureza”).

 

Qorikancha

 

Só aí pegamos o ônibus para subir mais um pouquinho aos sítios arqueológicos que ficam nos arredores de Cusco. O primeiro era Sacsayhuaman – a pronúncia não pode ser confundida com “sexy woman”, em hipótese nenhuma, segundo nosso guia, mas depois desse comentário, era só isso que eu conseguia ouvir toda vez que ele falava o nome do lugar. Usamos o Boleto Turístico pra entrar. Cara, é um lugar enooooooooourme, cheio de muros com aquelas pedras encaixadinhas – PELO AMOR DE DEUS MERLIN ASLAN DUMBLEDORE, COMO ELES FAZIAM ISSO? PARECE TETRIS – e um campo aberto enorme, a perder de vista.

Sacsayhuaman

Depois disso continuamos subindo – e a altitude aumentando, e aí entraram os caramelinhos de coca que eram muito gostosos – na mesma proporção que a temperatura continuou caindo. Quando chegamos em Tambomachay, lugar dedicado ao culto à água, já estava escurecendo, mas ainda deu pra ver a engenhosidade dos aquedutos e dos canais usados pra irrigar as terras a partir daquela nascente. Ali também fizemos uma loucurinha e compramos um milho de rua das tias peruanas que ficavam na porta. ZERO ARREPENDIMENTOS. Era um milho gigante e estava muito gostoso. (Obs: fiz um snap nesse sítio e legendei como sendo Qenqo, mas culpo o frio e o itinerário, e não a falta de atenção às placas.)

Infelizmente, quando de fato chegamos a Qenqo, já estava ficando bem mais escuro. Uma pena, porque lá existem alguns túneis e passagens onde ficamos à mercê da lanterninha do celular do guia enquanto ele explicava que aquela pedra totalmente lisa estava posicionada exatamente ali porque os incas sabiam que o vento entrava por um lado e a deixava super gelada, perfeita para o processo de embalsamento e conservação de corpos (!!!!!!!!!!!!! oi). Ah, e tinha uma fenda no cantinho onde eles jogavam os sacrifícios que quase não era perigoso de cair no escuro, mas ok. Estamos vivos.

Na volta, eles ainda pararam em uma fábrica local de confecções em pele de alpaca e, por mais que eu quisesse unir o útil – ajudar a comunidade que vive disso – ao agradável – É TÃO FOFINHO QUE EU QUERO MORRER -, o prático não ajudou – meu, é tudo caríssimo. Eu só consegui comprar um pingente de árvore de natal de lã que foi S/.5. (O que nos fez questionar seriamente se nossos suéteres pechinchados de manhã eram lã de alpaca mesmo…)

No geral, valeu muito a pena ter contratado o City Tour. Em Lima optamos por passear sozinhos no nosso único dia, já que era uma cidade mais urbana, mas em Cusco eu recomendo sim ter alguém pra te contar o background de cada coisa que você visita, tornando assim tudo muito mais interessante. O fato de estarmos em grupo não atrapalhou em nada, e nisso sei que é um pouco de sorte de não ter nenhum pentelho na excursão junto. Se eu pudesse mudar alguma coisa, diminuiria o tempo dos passeios internos (apesar de ter tanta coisa pra ver) pra aproveitar melhor a iluminação natural do dia nos externos, que são lindos!
Snaps da viagem:

👻lulymiranda


Para ver mais posts da nossa viagem #PiscoyCeviche ao Peru:

PISCO Y CEVICHE: CHEGAMOS!

Link

Pisco y Ceviche: CHEGAMOS!

Finalmente, gente!!!!

Dia 29 chegou e, com ele, nosso chá de aeroporto que durou das 13h até as 22h (este último horário de Lima, que é na verdade 2h adiantado de Curitiba). Tudo correu bem com os vôos, com os documentos (ufa… Dá sim pra viajar só com o RG pro Peru, pelo menos até agora), com os horários!

Chegamos em Lima e o medinho de pegar táxi certo? Mas as indicações pelo Taxi Green foram ótimas – e nosso motorista, Roberto, ainda se prontificou a deixar agendado pra nos buscar dois dias depois quando fôssemos voltar pro aeroporto pra pegar o vôo pra Cusco. Bom demais.

O Gran Hotel Bolívar é, no mínimo, interessante. Parece saído do cenário d’O Iluminado. Corredores que não acabam mais, um elevador antiquíssimo com gravuras douradas no espelho e um quarto lindo mas meio assustador. O café da manhã também é esquisito: sentamos na mesa, eles trouxeram uma cestinha de pães, uma manteiga, um suco para cada um (a pergunta foi: Piña o Papaya? / Abacaxi ou mamão? / e o Thi respondeu “Huevos”) e o café é tão forte, mas tão forte que eles misturam metade da xícara com água. E ainda ficou forte. 😳

Sabia que quase nunca chove em Lima né. E sabia que no único dia que a gente tinha em Lima choveu. Mas tudo bem – era dia de ser turista, usar capa de chuva e pau de selfie, e lá fomos nós bater perna.

Nosso hotel ficava na frente da Plaza San Martin, e aí fomos andando dali até a Plaza de Armas e – surpresa – era feriado! Dia de Santa Rosa, padroeira da cidade. Diversas irmandades assistindo a uma celebração religiosa na praça, e até vimos o Presidente do Peru (ou melhor, como diz o Thi, ele nos viu. Chique).

Depois fizemos o tour guiado pelo Convendo de San Francisco incluindo as catacumbas que não são catacumbas de verdade – muito legal e claustrofóbico hehe!

Logo então pegamos um táxi (primeira vez de 3 que fomos aperfeiçoando a arte de pechinchar preço, já que não tem taxímetro) e fomos para o distrito de Miraflores, dar um rolê no Shopping Larcomar, que é uma galeria aberta cheia de lojas famosas encrostada na pedra de frente pro Pacífico. A vista era linda! E parou de chover. Almoçamos no restaurante Tanta (indicação do Vince) e era SENSACIONAL! O primeiro Pisco y Ceviche literalmente.

Andamos pra cacete depois disso pelas ruas do bairro, parando no Starbucks pra checar o horário do Circuito Mágico del Agua que fica no Parque de la Reserva – e partimos pra lá ver o show das fontes das 19:15. Era bobinho, mas foi o único programa da noite – já que chegando no hotel, mesmo com planos de descer no famoso bar do Gran Hotel Bolívar, capotamos de cansaço. Afinal tivemos que acordar às 4:30 pra estar as 6:00 no aeroporto e vir pra Cusco.

Acabamos de fazer visitas aos museus de Arte Contemporânea e Histórico Regional, neste último por sorte pegamos um tour guiado bem no comecinho! Nenhum soroche até agora, mas caminhar por subidas e escadas causa ainda um pouco de ofegância. Ah! E já digo que o Pariwana Hostel é incrível, uma torre de Babel, e todos são muito prestativos. Confesso que ainda tenho muito o que aprender sobre hostels, tipo prateleiras compartilhadas na cozinha (e também estamos em um quarto privado, porque né!! Haha), mas o clima já pareceu legal.

Jantamos na hamburgueria Papacho’s, que fica na Plaza de Armas mesmo, tomando uma Cusqueña de trigo e desenhando no papel da mesa.

Estou narrando tudo no snapchat (segueeeee: 👻 lulymiranda e 👻 thiagomendes10 – o último para piaditas peruanas), mas pra você que perdeu, olha só o que fizemos até agora:

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​  E algumas fotitas:

  

Plaza San Martín



Igreja e Convento de San Francisco


Shopping Larcomar


El cebiche!!!! 😋


Circuito Mágico del Agua



Hostel Pariwana



Plaza de Armas em Cusco

Diário: Luly

É quarta-feira e chove muito em Curitiba depois de um dia e meio de sol. Dá pra ver da janela do trabalho – céu escuro, vidros molhados, miniaturas de pessoas e seus igualmente minúsculos guarda-chuvas lá embaixo na calçada. O Thi vai treinar depois do trabalho ainda, e acho que a essa altura já me tornei repetitiva pedindo pra ele evitar sereno, garoa, frio, etc. Mas, da minha parte, não ligo para a chuva, porque quero mesmo é sair daqui e ir pra casa logo.

Lá em casa tem duas malas doidas pra serem arrumadas. E aqui tem uma doida querendo arrumá-las.

Hoje é quarta, e sábado eu e o Thi saímos para a primeira parte das nossas férias – uma semana em Blumenau/Balneário Camboriú, o Thi jogando futsal pela Associação da Caixa e eu jogando confete nele haha! A gente volta no sábado seguinte e então engata o prato principal das férias: Peruuuuuuuuuuuu!

Então é óbvio que, para minimizar os danos morais de arrumar “duas malas ao mesmo tempo”, eu já tenho organizado o que eu consigo. É também uma maneira de antecipar o fim de semana mais demorado de chegar da história sério, chega as Olimpíadas de Tóquio e não chega o sábado, minha gente!!!!. Entre planejamentos, compras e realmente arrumar a mala, as duas últimas semanas têm sido de imersão nisso, pra – similarmente ao que a gente vai fazer em Cusco e Arequipa – me aclimatar a estar de férias pra variar.

Pra BC, não tem muito segredo – fora o fato de eu já ter pego 3 shorts e 2 biquínis e a previsão do tempo não passar de 21°C, ou que eu simplesmente não tenho roupa de sair -, mas para a mala do Peru eu basicamente listei TUDO o que eu precisaria, inclusive algumas peças de roupa específicas (“calça legging preta com zíper na barra”, tô olhando pra você), ou o tal do pau-de-selfie (IMAGINA esquecer isso!?!?!? Shame. Shame. Shame). Eu enviei a lista pro Thi na maior intenção de ajudá-lo, mas eu acho que talvez ele se confunda com os literalmente 38 itens de higiene/maquiagem/farmácia logo no começo.

Eu falei que fui bem específica, tá.

Pisco y Ceviche | Onde ficar (ANTES)

Uma coisa que você deveria saber sobre a gente: os dois são muito enrolados.

É por isso que demorou quase um mês pra eu atualizar este blog – e quase dois pra eu voltar a falar da viagem pro Peru. Fazer o quê! Nos últimos dois meses não houve nenhuma atualização muito importante de status da viagem. É claro que a gente fez certo, começou a planejar cedo e deixou pelo menos o arroz-com-feijão pronto (as passagens), mas vou te contar que isso potencializou a procrastinação a níveis estratosféricos. Parece que, como tem muito tempo pela frente, não importa deixar passar uma semaninha ou duas ou sete pra ver a próxima coisa a reservar.

Claro que importa, né.

Enfim, a pomba gira resolveu girar e semana passada eu recomecei a agilizar algumas pendências. A gente ainda só tinha o hotel de Lima reservado e mais nada, então eu coloquei uma meta de que até sábado (que vem) eu fecharia alguma coisa.

Quem já planejou uma viagem sabe que é muita informação ao mesmo tempo pra pensar. Ainda mais se for como eu, que confia mais em opiniões de blog e comentários do TripAdvisor do que em roteiros de agência de viagem. São hotéis, hostels, passeios, trechos internos, ingressos avulsos, atrações turísticas, dicas não tão turísticas, tudo isso pra você, além de decidir se gosta ou não, contabilizar financeiramente pra ver se não vai precisar vender um órgão. Então eu fiz a primeira coisa que me veio à cabeça:

google

Na teoria só podia dar certo. E não é que deu? A partir daí voltei à minha garimpagem do blog SundayCooks, passei a viajar no Cup of Things, tirei dicas do Andarilhos do Mundo, fiz minhas marcações no Viaje na Viagem, entre outros. Aliás, a melhor coisa que alguém pode fazer antes de viajar é entrar em blogs de turismo. Fora um ou outro publi (afinal, comer é bom), geralmente os relatos são bem mais verdadeiros e pé-no-chão do que um catálogo de agência de viagem.

Por enquanto, eu só tinha a certeza de que dia 31 de agosto a gente vai chegar em Cusco e dia 10 de setembro a gente vai embora de Arequipa, porque está nas passagens. Ainda não sabia (apesar de ter feito aquele cronograma do post passado) que dia a gente ia fazer a viagem de uma cidade pra outra, já que este trecho planejei fazer de ônibus – muito mais barato, flexível e também dizem que é bem legal. Vou fazer um post sobre isso depois! #promessa1.

A segunda coisa que pensei ao pensar nos hotéis foi: dois dos passeios que a gente quer fazer sugerem pernoite em algum lugar. Depois de comprovar essa necessidade em posts, comentários e dicas de agências de turismo, eu sabia que antes de reservar qual hotel ficar em Cusco, a gente precisava definir que dia ia pra Machu Picchu – e o mesmo com Arequipa e o Vale do Colca. Sim! Nessa fase eu mandei e-mail pra várias agências pra ter noção dos preços e tipos de passeio e assim passar a primeira demão de tinta no itinerário. Vou fazer um post sobre isso depois também! #promessa2.

Uma das coisas que adoro fazer pra escolher hotel é, basicamente, virar as reviews do TripAdvisor do avesso. Encontro dica de hotel, jogo o nome dele lá e vou lendo todos os comentários de hóspedes. Mais do que a simples avaliação por estrelinhas ⋆⋆⋆⋆⋆, você consegue entender por que a pessoa avaliou mal aquele hotel: se foi porque tinha rato passando no corredor ou porque no dia ela estava com dor de cabeça e as camareiras bateram na porta do quarto pra ver se podiam arrumar a cama (relato real). Tudo isso combinado com uma ideia de preço que a gente estava disposto a pagar por diária resultou na escolha das hospedagens abaixo. Lembrando que este vai ser o ANTES: nossas expectativas do que cada um oferece; e, como não podia deixar de ser, a gente vai fazer o DEPOIS, com o que realmente rolou enquanto a gente ficou hospedado.

Lima

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Gran Hotel Bolivar: Este hotel foi indicado pela Via Nova Turismo, com quem a gente fechou as passagens (e com quem eu tinha o crédito de viagem, assim as diárias de Lima já entraram no valor que eu tinha). Vai ser o hotel mais “luxo” da nossa viagem, olha que grandão! Dizem as más línguas que o bar desse hotel serve o melhor pisco sour de Lima – e que era um ponto amado pelo escritor Ernest Hemingway. Mole?

Cusco
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OLHA SÓ QUE FOFURA. Nem preciso dizer que é o hostel que estou mais empolgada pra conhecer.

Pariwana Hostel: É um hostel descolado, quase com cara de hotel, que atrai público jovem de todos os lugares do mundo. Lá mesmo eles organizam festas temáticas, têm um bar super animado, um pátio enorme, quartos bons (a gente preferiu um quarto privado) e a cereja no bolo: é bem mais barato que um hotel, inclusive o lema do Pariwana diz: “CHAMPAGNE LIFESTYLE ON A BEER BUDGET” (Estilo de vida de champagne com orçamento de cerveja).

Aguas Calientes (Machu Picchu Pueblo)

Adela’s Hostel: Muito bem avaliado, é um hotelzinho pequeno que, pelo que li, cumpre bem a sua função: hospedar quem vai fazer Machu Picchu bem cedo no outro dia. Como a gente não estava buscando altos luxos, o ranking de 2º lugar e um preço super justo convenceu. (Eu descobri que, apesar de Aguas Calientes ser basicamente um povoado “estratégico” pra quem quer fazer o passeio, não só de hostels simples vivem esses caras: tinha hotel 5 estrelas mega luxuoso cheio de frufru também!)

Arequipa

Posada Nueva España: Talvez eu me importe demais com essas coisas de avaliação, ranking e tal, mas fui comprada pelo fato de que essa pousada recebeu prêmios do Booking.com e do TripAdvisor em 2015 e 2016 por escolha dos hóspedes. As fotos dos espaços bonitinhos e o preço bom – além de eu conseguir um descontinho no Booking – fecharam o negócio por mim. Fica ligeiramente mais afastado do “fervinho” do centro, mas nada que 15 minutos passeando não leve a gente direto pro point de novo!

Chivay (Vale do Colca)

Rumi Wasi Hostel: Mais um no estilo bom e barato. Chivay é a cidadezinha na qual a gente vai pernoitar no passeio do Vale do Colca, e como nenhuma companhia inclui hospedagem no valor, lá fui na lista dos melhores rankeados + melhores avaliados de lá. Um hostelzinho familiar que parece, como o Adela’s, cumprir o papel de cama + banho.

Fora o Gran Bolivar, que a gente fechou com a agência, e o Pariwana, que dá pra fazer reserva pelo próprio site – e eles responderam minhas dúvidas por e-mail com muita simpatia -, os outros três hostels foram fechados com meia dúzia de cliques no Booking.com, com cancelamento grátis e o pagamento só lá na hora. Isso já aliviou o bolso de uma forma bem legal.

Gente, eu estaria subestimando meu sentimento quando digo que mal posso esperar pra escrever o post do DEPOIS. Tô loucaaaaa pra ir! O próximo passo agora é: como a gente vai fechar os passeios? Agência ou por conta?

A couple of songs


Esses dias Merlin quis que eu caísse gripada na cama antes do fim do dia, então, no meu tempo livre, eu assisti a um milhão de episódios de Downton Abbey eu tive uma ideia bem legal pra apresentar um pedacinho da gente pra quem não nos conhece (ou conhece só a tampa ou só a panela). Pra falar a verdade, como é um assunto que muito me interessa e acontece de eu muito me interessar pelo coautor do blog, eu também fiquei curiosa pra saber como a gente ia se sair.

Pois bem, quem já cruzou comigo sabe que música, como diria ARMSTRONG, Billie Joe, “é o ar que eu respiro, é o sangue que corre nas minhas veias, que me mantém viva…”. E quem já conviveu comigo na Idade Áurea do Emocore sabe também que eu nunca fui muito eclética quando se tratava de música. Quer dizer, a extensão do meu gosto musical era bem variada se você ficasse dentro do gênero rock, mas era só isso. E aí que hoje em dia eu sei que poderia ter conhecido muita coisa dentro desse assunto que eu tanto gosto, mas perdi por preconceito. Claro, deixei de ouvir muita coisa que eu não curtiria também, mas que graça tem viver sem um pouco de porcaria né?

Acho que o Thi me despertou um senso de cabeça aberta pra isso (e não exclusivamente pra isso). Temos alguns gostos em comum, mas na grande maioria conhecemos muita coisa que o outro não conhece, seja por conviver em épocas ligeiramente diferentes, ou ter hobbies diferentes, ou simplesmente porque sim. A parte boa? Não é nem o fato de eu deixar ele ouvir sertanejo em troca de ele me deixar ouvir screamo no carro, mas o fato de a gente cantar juntos às duas coisas e tudo que tem entre elas.

E o desafio foi lançado: cada um devia criar uma playlist no Spotify com tudo o que gosta de ouvir, que fosse o mais eclética possível, mesmo que desse vergonha alheia depois. (P.S.: Eu me empolguei e terminei o primeiro dia de garimpagem já com 76 músicas na minha. Eu também tenho mais tempo livre que o Thi.) (P.S.2: A minha essência é emo. Me deixa.)

Ela
Ele