Pisco y Ceviche: Valle del Colca

O último post dessa viagem incrível vai ser sobre um destino que a maioria das pessoas não coloca assim, de primeira, em um roteiro “básico” pelo Peru. Mas, como nós tínhamos um pouco mais de tempo, definitivamente nos atraiu.

O Vale do Colca é um cânion duas vezes maior do que o Grand Canyon dos EUA, e fica num vale lindíssimo a 160km de Arequipa. Escolhemos fazer o passeio com pernoite em uma das pequenas vilas do vale, Chivay, para poder aproveitar logo cedo a observação dos condores!

Nosso tour mais uma vez foi uma excursão em grupo organizada pela RESPONS, e saiu do nosso hotel em Arequipa às 8h. A primeira parada, a 3.900 metros de altitude, foi um campo aberto onde ficavam dezenas de alpacas/lhamas e o pessoal podia interagir (de leve, né, óbvio) e tirar fotos com elas. Nunca achei que fosse ficar perto de uma alpaca assim!!!

O caminho até o Vale é uma subida – e bota subida nessa – e, na parte mais alta, chegamos a experimentar a sensação de estar a 4.900 metros do nível do mar!!! Muito doido como o ar é rarefeito e respirar fica difícil, mas com ajuda das balinhas e folhas de coca nós éramos só alegria vendo os vulcões lá de cima. Inexplicável a paisagem rochosa daquele lugar, nenhuma foto ou vídeo consegue transmitir exatamente a magnitude daquilo tudo.

Paramos já em Chivay, a principal vila comercial do Vale e também onde nós passaríamos a noite. Almoçamos em um buffet de comidas típicas, demos uma volta pela (minúscula) cidade e nosso guia nos deixou na porta da nossa pousadinha, a Rumi Wasi. Organizadinho, mas não nos surpreendeu, mas também, o que esperar de um mini hostel em uma vila de 5 mil habitantes??

Uma das atrações sugeridas pela agência de viagem eram as piscinas termais de Chivay. Pagando S/.15 cada um, nós relaxamos em uma água que chega a 40°C que fica dentro de um cânion no qual a temperatura pode bater os ZERO GRAUS de noite. SURREAL!

De noite, não tinha mesmo nada para fazer em Chivay a não ser ir até a Plaza de Armas (sim, mais uma! Colonização bélica espanhola diz OI) e jantar a pior pizza que já comemos na nossa vida. Escolhemos o restaurante pois precisávamos de wi-fi e a placa dizia que era gratuita… no fim das contas o wi-fi deles estava com defeito e a comida era horrível. Vivendo e aprendendo!!

O dia seguinte começou cedo: às 6h30, a van nos buscou no Rumi Wasi e seguimos para o mirante Cruz del Condor para, com sorte, ver o vôo das maiores aves do mundo nas primeiras horas da manhã. E sorte tivemos!! Primeiro que o cânion é maravilhosamente fundo, e segundo que ver aqueles bichos dando rasante no amontoado de turistas era impagável (me incluo nessa).

No caminho de volta paramos em mais alguns pontos estratégicos para ver o Vale do Colca lá de cima, e então voltamos para Arequipa com uma sensação de satisfação imensurável.

Para ver mais posts da nossa viagem #PiscoyCeviche ao Peru:

Pisco y Ceviche: CHEGAMOS!

Pisco y Ceviche: City Tour em Cusco

Pisco y Ceviche: Valle Sagrado

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Pisco y Ceviche: Arequipa

Pisco y Ceviche: Arequipa

Nosso trajeto até Arequipa foi feito de ônibus. Pegamos uma promoção incrível da empresa Cruz del Sur e viajamos de leito de Cuzco a Arequipa por 30 soles! O ônibus saiu às 20h30 e chegou às 6h30, e, mesmo que uma viagem de 10h sempre seja um pouco incômoda, foi a melhor viagem que já fiz. O ônibus Cruzero parecia um avião, com serviço de bordo super gostoso e assentos super confortáveis. Dormi quase a viagem toda.

Ao chegar, sabíamos que ainda não poderíamos entrar no nosso quarto na pousada Nueva España, mas eles nos permitiram guardar as malas em um aposento, recarregar as baterias (nossas e do celular) e sair para tomar café da manhã na cidade. Descemos a rua da própria pousada até nos encontrarmos na Plaza de Armas de Arequipa, que foi a mais bonita que vimos por lá. Ela é toda feita de sillar, uma pedra vulcânica toda branca, o que deixa tudo muito mais lindo.

Tomamos café em um restaurante – admitimos, super pega-turista – que ficava em cima de um dos mezaninos que rodeia a praça, e é onde ficam outros 9236487520 restaurantes turísticos também. Mas estava super gostoso e a vista também não era nada mal!

Depois, como ainda tínhamos tempo até nosso check-in, passeamos pela cidade e encontramos o Museo Santuarios Andinos de la Universidad Católica de Santa Maria. Este nome típico latino enorme é do lugar onde fica a múmia Juanita, corpo de uma menina inca que foi oferecida como sacrifício em uma cerimônia no vulcão Alpato e permaneceu conservada no gelo por 500 anos (!!!!) até ser encontrada em 1995. Não se pode fotografar dentro do museu, e seria meio difícil já que ele é todo projetado para manter a múmia preservada – bem escuro e gelado. Apesar de pequeno, o museu é bem bacana e a Juanita realmente assombra de tão bem conservada.

Depois de bater um pouco mais de perna pela cidade e encontrar o lado “trash” (um feirão bem bagunçado e popularzão), fizemos check-in na Pousada Nueva España e já caímos de amores por ela: muito organizada, toda lindinha e florida. Tomamos um banho, descansamos, e saímos para dar mais uma volta e jantar. Só o cenário da cidade, que é cercada por 3 vulcões – Chachani, El Místi e Pichu Pichu – já é lindo de se ver.

No dia jantamos em um dos restaurantes da Plaza novamente, pois haveria um jogo do Brasil e queríamos (Thi queria) ver hehe!

Aqui conto sobre nosso passeio pelo Valle do Colca, que fizemos durante nossa estadia em Arequipa.

Snaps:

 

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Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Pisco y Ceviche: Valle del Colca

Pisco y Ceviche: Dia livre em Cuzco + Perrengue no Hostel

Nosso dia livre em Cuzco foi o dia seguinte ao nosso passeio para Machu Picchu. Depois de uma maratona que começou cedo no Valle Sagrado, teve poucas horas de sono, continuou a partir das 4h30 da madrugada no outro dia e só acabou de noite, foi beeeeeem conveniente dormir até um pouquinho mais tarde. Tiramos o dia para passear sem compromissos, então fomos dar um rolê por Cuzco.

Passamos novamente na feirinha que tinha próximo ao hostel e aproveitamos para fazer as compras que faltavam: lenços coloridíssimos, jaquetas, pratinhos, ímãs de geladeira, toda aquela parafernalha necessária! Voltamos ao hostel para guardar todas as sacolas no nosso quarto, dar um refresh e partimos novamente para passear.

O único destino que queríamos fazer com certeza naquele dia livre era visitar o Museo del Pisco. Eu já não sou muito dos drinks, mas quando em Roma no Peru… O lugar era incrível, a parede contava em imagens super legais toda uma história sobre a bebida, e, ao decidir fazer a degustação de Piscos, o garçom que nos servia ia contando ainda mais, explicando tudo tim-tim por tim-tim por tim-tim (neste caso cada “tim” é um brinde com cada tipo de Pisco que provamos… já viu né?), muito simpático.

Saímos de lá e fomos a pé comer em uma trattoria (tem muitas em Cuzco) que ficava bem na frente da Plaza de Armas, e ali dá-lhe vinho! A comida era super gostosa! Como era bem perto do hostel, voltamos a pé também pra lá. Curiosidade: naquela época o Pokemon Go! era febre no Brasil, mas no Peru era uma praga dizimadora de populações! Passávamos por muitos e muitos grupos de jovens todos amontoados em vários pontos da praça só olhando pro celular sem levantar a cabeça. Bizarro haha!

Chegando ao Pariwana Hostel, vimos que estava rolando uma festinha no bar/restaurante/onde tomávamos café da manhã (inclusive tocava Wesley Safadão na hora), e resolvemos ficar um pouco antes de ir dormir. Havia vários jogos também e o pessoal estava super animado! Bebemos uma cerveja cada e depois disso já partimos pro quarto pois estávamos exaustos. O Thi deitou de roupa, sapato e tudo na cama e capotou, eu tomei banho, me troquei, dobrei minhas coisas em cima da cadeira do quarto e fui dormir.

E foi aí que o perrengue rolou.

Na manhã seguinte, enrolamos um pouco antes de descer para o café: era nosso último meio-dia em Cuzco, pois à noite pegaríamos um ônibus de leito até Arequipa. Enquanto nos arrumávamos, íamos já guardando tudo nas malas para deixar tudo pronto para o nosso check-out dali a algumas horas. Foi quando eu percebi que tinha uma coisa faltando: o conteúdo do meu porta-dólares.

O porta-dólares estava em cima das minhas roupas do dia anterior, mas vazio. O desespero foi real, a ponto de revirarmos até o colchão procurando o meu dinheiro extra – TODO o meu dinheiro extra. Meu esquema era: eu carregava o meu dinheiro no porta-dólares dentro da roupa; antes de sair, de manhã, separava algumas notas para deixar na carteira, na mochila, e usar durante o dia, mas não mexia nele sem ser no quarto do hotel ou em algum lugar fechado, por segurança. Então, além do dinheiro que eu tinha na carteira, agora eu não tinha nada. Na nossa busca desenfreada pelo quarto não demos falta de mais nada – nem documentos, nem das várias sacolas de compras que tínhamos trazido no dia anterior. Nosso quarto era privado, como já contei no primeiro post sobre o Peru que fiz, mas a porta estava destrancada e a chave não estava mais lá.

O resto do dia, infelizmente, passamos tentando resolver com o hostel, olhando algumas (poucas que tinham, e outras que não conseguimos ver) imagens das câmeras de segurança e esperando alguma luz cair do céu sobre o que poderia ter acontecido. Nem preciso dizer que não deu pra pensar em muita coisa né? Ficamos chateadíssimos por fechar com chave de latão a estadia em um hostel, até então, tão bacana, mas eles realmente não foram solícitos no nosso problema. Nos mandaram dar uma volta pela cidade enquanto eles tentavam resolver (no que fomos, tomamos um sorvete incrível em uma sorveteria chamada Qucharitas, mas só), e no fim acabaram nos concedendo uma diária “de graça” pelo inconveniente, mas só, sem explicar o que tinham ou não descoberto.

A nossa sorte foi que a) o Thi dormiu com o porta-dólares dele ainda no corpo, e b) combinamos a viagem de forma que tudo o que precisaria ser pago com antecedência – passagens, passeios, guias – ficaria sob minha responsabilidade, e o que precisássemos pagar lá – estadias em hotel, ingressos extras – o Thi ficaria encarregado de levar dinheiro e pagar lá. Então, fora gastos com comidas e outras coisas do dia-a-dia, não ficamos desamparados.

Passamos o fim do dia sentados no pátio do hostel aguardando a hora de ir para a rodoviária, mas, eu, principalmente, ainda estava muito abalada. Conversei bastante com a minha família no dia e eventualmente decidi que aquilo não poderia estragar o resto da viagem – e definitivamente não estragou! Mas fica o alerta e também nossa avaliação do Hostel Pariwana, em Cusco.

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

O dia mais esperado da viagem chegou. Quando decidimos ir ao Peru, sabíamos que seria o ponto alto da nossa viagem. Só não entendíamos ainda o quanto!

Depois de chegar de trem a Águas Calientes, também conhecida como Machu Picchu Pueblo, um guia da RESPONSible nos esperava na estação para nos levar até a pousada que escolhemos: Adela’s Hostel. Duas considerações: primeira, ficamos surpresos com o guia, pois nem sabíamos que íamos ser recepcionados pela agência lá! Já era bem tarde e em Águas Calientes todo o comércio fica em uma única rua, ladeada pelos trilhos do trem de um lado e pelo rio Urubamba. Mas foi mais um ponto positivo e mais um reforço de que acertamos na escolha da agência.

Segunda consideração: estávamos com o toque de Midas, porque também acertamos muito na escolha da pousada! O Adela’s Hostel era bem próximo da estação, alguns minutinhos andando, e ao chegar lá vimos que a recepcionista estava apenas nos aguardando pra fechar a pousada. Um amor!! Ela fez nosso check-in, aguardou a gente conversar rapidamente com o guia para combinarmos onde íamos nos encontrar no dia seguinte, nos avisou que levaria dali a pouco o nosso café da manhã todo embaladinho (já que sairíamos antes pra pegar o ônibus para Machu Picchu), nos levou até o nosso quarto (janela de frente para o rio, vocês não tem noção da calma que o barulho da água traz) e depois levou nossa comidinha como combinado.

Dentro de algumas horas, já estávamos de pé: às 4h30 deixamos o hostel em um frio disgramento para andar até o ponto dos ônibus. Estava escuro, ficamos quase 1h na fila que estava gigante, mas sabíamos que conseguiríamos chegar a tempo do nascer do sol porque saía um ônibus a cada 10 minutos! A subida até o parque de Machu Picchu leva em torno de 40 minutos, e, chegando lá, apresentamos nossos ingressos (comprados com antecedência pela RESPONS) e entramos. Tínhamos a dica do guia de subir até um mirante mais alto para poder ver o sol nascendo e iluminando a cidadela, então fomos fazer isso antes de encontrar com ele. (No fim das contas soubemos que fomos no mirante errado, e que o que ele tinha indicado – a casa do vigilante – era ainda mais alto!)

E, apesar de nublado, o nascer do sol foi a coisa mais maravilhosa desse mundo.

É indescritível a sensação de estar vendo toda aquela cidade inca lá embaixo sendo banhada de dourado. É claro que, à medida que conhecíamos Machu Picchu, ficava tudo ainda mais surreal, mas o primeiro “choque” já valeu por toda a viagem.

Nós encontramos o guia logo em seguida e começamos nosso tour pela cidadela. A inteligência inca é algo de outro mundo, e eu acho que eu jamais nessa vidinha vou entender como eles conseguiam construir tudo aquilo! O parque estava cheio de gente de todas as idades, de crianças a idosos, compartilhando espaço com as alpacas fofinhas e os paus-de-selfie. Os caminhos pelas montanhas eram íngremes, mas ninguém parecia se incomodar. Nem nós. O guia foi essencial, e eu nunca recomendaria ir a Machu Picchu sem um: ele nos contou toda a história misturando inglês ao seu melhor portunhol, tirou dúvidas, ouviu as piadas do Thi. Foram 2h30 de tour por 90 dólares muito bem investidos. O guia tirou uma foto conosco antes de se despedir e nos deixar por conta conhecendo o resto do parque sozinhos.

Optamos por fazer duas trilhas lá, já que não fizemos nem a famosa Trilha Inca por falta de tempo, nem a subida à montanha Huayna Picchu pois era mais difícil e nos tomaria quase o dia todo. Primeiro, fizemos a trilha da Porta do Sol (Intipunku), que demorou, demorou, demorou pra chegar (a expectativa é de 1h pra subir, mas fizemos como meta cobrir em 45 min hehe), mas valeu MUITO a pena. A Porta do Sol é o local de chegada de quem faz a Trilha Inca, e dizem que ela fica posicionada estrategicamente para direcionar a luz do sol para a cidadela. Ela fica suuuper alta, então a vista de lá é a coisa mais gratificante do mundo depois da caminhada! (E pensar que falamos com o segurança que fica lá em cima e ele faz esse trajeto todo dia!)

Depois disso, resolvemos fazer a trilha da Ponte Inca, que fica pro outro lado. Gente, que c*gaço dessa trilha hahaha. Uma hora o caminho era super estreito e o barranco ao nosso lado era tão gigante que acho que se caíssemos lá dentro nosso grito ficaria ecoando no canyon por anos. Mas foi justamente isso que deixou a aventura ainda mais legal. Ela não demora tanto nem é tão íngreme quanto a trilha da Porta do Sol, e você registra seu nome na entrada e na saída. (Procuramos algum nome que estivesse só com a entrada e não achamos… ainda bem.) Veja o trajeto na compilação dos snaps ao fim do post!

O incrível foi que o tempo ajudou muito: abriu um solzão enquanto curtíamos o dia lá, e mesmo quando fomos embora (acredito que ainda era umas 13h30 – aproveitamos muito por termos chegado bem cedo) ainda estava bem gostoso de andar por Águas Calientes e ir almoçar num restaurante na beira do rio.

Embarcamos no trem da Expedition das 16h43 que ia de Águas Calientes a Poroy (quase 4h de viagem) e fomos recebidos por um transfer da RESPONS na estação que nos levou de volta para o hostel em Cuzco. O dia terminou em pizza e em uma boooa soneca depois de tanta aventura!

Snaps:

Pisco y Ceviche: Valle Sagrado

Nesse dia, a gente engoliu nosso café em 15 minutos pra poder estar na porta do hostel no horário combinado. Este tour começava cedinho! Mais uma vez optamos pelo tour em grupo, e mais uma vez não foi um problema para nós – e, claro, foi mais econômico. Nosso guia também foi bom e mais uma vez carregamos conosco o Boleto Turístico para ir perfurando nos sítios de hoje – Pisaq e Ollantaytambo, que fazem parte do Valle Sagrado de los Incas.

No caminho para Pisaq, turistas que éramos, o ônibus parou na beira da estrada onde um senhorzinho peruano todo caracterizado e suas alpacas enfeitadinhas aguardavam para tirarmos uma foto, com uma vista bem bonita atrás. Claro que a gente tirou. ERAM ALPACAS ENFEITADINHAS.

E depois disso o ônibus seguiu até nossa primeira parada no Valle Sagrado: as ruínas de Pisaq. Ficamos pouco tempo por lá, mas nos deparamos com uma vista incrível do complexo de terrenos agrícolas, projetados naquele melhor estilo inca – tipo escadinha, sabe? -, do sítio arqueológico, com suas construções super características em pedra, e depois demos uma volta rápida pela colorida feirinha da cidade, que recebe os turistas com os souvenirs típicos que já conhecemos. Balancei minhas mãos cheias de pulseirinhas de Cuzco e disse “não, não vou cair nessa turistagem!”.

Seguimos caminho e paramos com o grupo para almoçar num restaurante chamado Tunupa, em Urubamba. Era um buffet enorme cheio de comidas típicas, e vou te contar, a vista não decepcionou também, não, hein! Tudo é TÃO LINDO lá, cheio de plantas e flores. Lá eu experimentei mais formas de comer a carne de alpaca (DESCULPA AMIGAS ENFEITADINHAS!!!).

De lá, de barriga cheia (sem maturidade pra comer em buffet típico), partimos para o sítio arqueológico de Ollantaytambo. (Nota: é incrível como, no início das minhas pesquisas para a viagem ao Peru, eu pensei “jamais vou saber falar esses nomes”, e hoje é normal falar deles com naturalidade!) E, minha gente, Ollantaytambo é um colírio de lugar.

As ruínas são imensas, mas incrivelmente preservadas como a maioria dos lugares antigos que fomos no Peru. Todas as construções mantém sua engenhosidade e precisão inca, e nós tivemos que subir cada um dos enormes degraus da fortaleza para poder absorver e apreciar a vista como ela merecia. Foram váários minutos de respiração ofegante pra subir tudo, mas valeu muito a pena. Lá em cima fica o Templo do Sol, e, de lá, você consegue ver os armazéns na montanha onde os incas estocavam seus alimentos antigamente (eles sabiam que a altura e o vento que lá batia transformariam o lugar em uma verdadeira geladeira. É mole?), bem como o povoado todo lá embaixo.

E sabe o que mais? Fizemos tudo isso com um sorriso na cara e com uma mochilona nas costas! Porque, dali, nós iríamos descer no ônibus na própria cidade de Ollantaytambo, tomar uns piscos, pegar o trem da Peru Rail para Águas Calientes para passar a noite lá e começar nossa aventura do dia seguinte bem cedinho: a subida para Machu Picchu.

Snaps:

 

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Pisco y Ceviche: CHEGAMOS!

Pisco y Ceviche: City Tour em Cusco

Pisco y Ceviche: Machu Picchu

Diário: Luly

É quarta-feira e chove muito em Curitiba depois de um dia e meio de sol. Dá pra ver da janela do trabalho – céu escuro, vidros molhados, miniaturas de pessoas e seus igualmente minúsculos guarda-chuvas lá embaixo na calçada. O Thi vai treinar depois do trabalho ainda, e acho que a essa altura já me tornei repetitiva pedindo pra ele evitar sereno, garoa, frio, etc. Mas, da minha parte, não ligo para a chuva, porque quero mesmo é sair daqui e ir pra casa logo.

Lá em casa tem duas malas doidas pra serem arrumadas. E aqui tem uma doida querendo arrumá-las.

Hoje é quarta, e sábado eu e o Thi saímos para a primeira parte das nossas férias – uma semana em Blumenau/Balneário Camboriú, o Thi jogando futsal pela Associação da Caixa e eu jogando confete nele haha! A gente volta no sábado seguinte e então engata o prato principal das férias: Peruuuuuuuuuuuu!

Então é óbvio que, para minimizar os danos morais de arrumar “duas malas ao mesmo tempo”, eu já tenho organizado o que eu consigo. É também uma maneira de antecipar o fim de semana mais demorado de chegar da história sério, chega as Olimpíadas de Tóquio e não chega o sábado, minha gente!!!!. Entre planejamentos, compras e realmente arrumar a mala, as duas últimas semanas têm sido de imersão nisso, pra – similarmente ao que a gente vai fazer em Cusco e Arequipa – me aclimatar a estar de férias pra variar.

Pra BC, não tem muito segredo – fora o fato de eu já ter pego 3 shorts e 2 biquínis e a previsão do tempo não passar de 21°C, ou que eu simplesmente não tenho roupa de sair -, mas para a mala do Peru eu basicamente listei TUDO o que eu precisaria, inclusive algumas peças de roupa específicas (“calça legging preta com zíper na barra”, tô olhando pra você), ou o tal do pau-de-selfie (IMAGINA esquecer isso!?!?!? Shame. Shame. Shame). Eu enviei a lista pro Thi na maior intenção de ajudá-lo, mas eu acho que talvez ele se confunda com os literalmente 38 itens de higiene/maquiagem/farmácia logo no começo.

Eu falei que fui bem específica, tá.